quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Liberdadores Da America Flamengo

Luxa guarda espaço para reforços antes de decidir lista da Libertadores

Técnico poderá inscrever 25 atletas na competição continental, mas diz que aguarda desfecho de alguns negócios

Por Richard SouzaDireto de Sucre, Bolívia
Luxemburgo no treino do Flamengo (Foto: Alexandre Vidal / Fla Imagem)Luxemburgo tem até segunda para entregar a lista
(Foto: Alexandre Vidal / Fla Imagem)
Vanderlei Luxemburgo já passou da cabeça para o papel os 25 atletas que serão inscritos na pré-Libertadores. O Flamengo estreia no dia 25, contra o Real Potosí, e briga com os bolivianos por uma vaga no Grupo 2, que tem Lanús, da Argentina, Olimpia, do Paraguai, e Emelec, do Equador. A lista dos convocados tem de ser enviada para a Conmebol até 48 horas antes da primeira partida, ou seja, na próxima segunda-feira.

Quando esta fase preliminar passar, Luxa promete tentar aparar definitivamente as arestas para realinhar o caminho do Flamengo na temporada. O fato é que o treinador espera retomar o seu poder de decisão, o que aparentemente não vem tendo da presidente Patricia Amorim
Depois de ver a diretoria perder Thiago Neves para o Fluminense e afastar o zagueiro Alex Silva por não ter viajado à Bolívia, o treinador aguarda ainda mais por reforços. O próximo a chegar será justamente o substituto de Alex na zaga. O brasileiro naturalizado chileno Marcos González, de 31 anos, acertou com o clube e passará por exames médicos para assinar contrato. Pirulito volta a treinar nesta quinta, no Ninho do Urubu, e vai aguardar para ser vendido ou emprestado.
O clube também busca reforços para o ataque. O principal objetivo é Vagner Love, tanto que o vice de finanças Michel Levy viajará para a Rússia nos próximos dias para negociar com o CSKA Moscou. O Artilheiro do Amor é prioridade, mas outro Love está na mira. Zé Eduardo, o Zé Love, negocia com o Rubro-Negro e chegaria por empréstimo até o fim do ano. O atacante, ex-Santos, está no Genoa, da Itália, e quer ficar perto do pai, que vive em São Paulo.
Léo Moura no treino físico do Flamengo (Foto: Alexandre Vidal / Fla Imagem)À espera de reforços, Luxa treina com 16 atletas em Sucre, na Bolívia (Foto: Alexandre Vidal / Fla Imagem)
- Estamos buscando, já que não conseguimos concluir no tempo devido. Estamos buscando alguns nomes, que estão sendo discutidos. Não podemos achar que está tudo bem. Estamos tralhando em cima de algumas coisas que devem pipocar. Já tenho a lista com 25 nomes, mas ainda estamos esperando para fechar, já que algumas coisas podem acontecer.
O técnico analisou a saída de Thiago Neves, que retorna ao Fluminense, o afastamento de Alex Silva e a crise que tumultua o ambiente. Segundo ele, não há mais o que lamentar. O Flamengo tem de ser prioridade.
- Foi um prazer muito grande trabalhar com o Thiago, ele ajudou a gente a conquista do título carioca invicto, me dei muito bem com ele. Espero que a carreira dele tenha uma sequência natural, mas com menos sucesso contra o Flamengo. O Flamengo é muito maior que a ida do Thiago para o Fluminense. Temos de colocar o Flamengo como soberano. É maior do que o Luxemburgo, maior que o Thiago, o Ronaldo, a Patricia (Amorim, presidente). O Pirulito achar que não deveria vir para cá não pode ser maior que o clube. Temos de colocar o Flamengo como ponto principal. Sinto que tudo o que está acontecendo só prejudica o clube, a torcida, que está esperando muito da gente.
O grupo que trabalha em Sucre desde terça-feira é formado por 16 atletas. Nove chegarão após a estreia do time no Carioca, dia 21, contra o Bonsucesso, para fechar a lista.
Confira os 16 jogadores que estão à disposição de Luxemburgo:
Goleiros: Felipe e César.
Laterais: Léo Moura e Junior Cesar.
Zagueiros: Welinton, David Braz.e Gustavo
Volantes: Willians, Luiz Antonio, Airton e Muralha.
Meias: Negueba e Renato.
Atacantes: Ronaldinho, Itamar e Deivid

Adriano Ultimato..

Diretoria do Timão fala com Adriano nesta quinta-feira para dar ultimato

Após nova falta, Corinthians quer ouvir do Imperador quais são os planos dele para o futuro. Rescisão de contrato, por enquanto, está descartada

Por Carlos Augusto FerrariSão Paulo
Adriano no treino do Corinthians (Foto: Ag. Estado)Adriano não foi ao treino da última terça-feira
(Foto: Ag. Estado)
Não é só em forma de multa que o Corinthians quer atingir Adriano depois da falta ao treino da última terça-feira. Em uma mescla de irritação e decepção por um novo desvio de conduta, a cúpula do departamento de futebol se reunirá com o Imperador nesta quinta-feira, no CT Joaquim Grava, para tratar do futuro dele no Timão.
A era de camuflar os deslizes e a paciência acabaram. O atraso no retorno do Rio de Janeiro depois de comemorar o aniversário da mãe foi a gota d’água. Adriano faltou justamente ao trabalho que o colocaria como titular pela primeira vez desde que foi contratado, no amistoso contra a Portuguesa, no Pacaembu. Elton assumiu a vaga.
- Nós vamos conversar e ver o que o Adriano quer da vida, o que ele está pensando. Precisamos saber quais são as pretensões dele porque temos uma temporada importante pela frente – afirmou o presidente em exercício Roberto de Andrade.
Nós vamos conversar e ver o que o Adriano quer da vida, o que ele está pensando"
Roberto de Andrade
A princípio, o Corinthians nem cogita rescindir o contrato. Como o vínculo vence apenas em junho, o clube teria de arcar com mais cinco meses de salários, o que geraria um custo de aproximadamente R$ 2 milhões. A situação só mudará se o atacante pedir para deixar o clube, algo que, neste momento, ninguém da diretoria imagina.

Adriano vinha empolgando a comissão técnica nos treinos até escorregar pela primeira vez no ano. O desempenho nos 45 minutos contra o Flamengo não agradou, mas a vontade demonstrada durante a pré-temporada animou os dirigentes e até o técnico Tite. Nas contas da comissão, ele estaria em boas condições físicas entre março e abril.
- Ele vinha muito bem até acontecer isso. É uma pena. Por isso, vamos conversar – lamentou Andrade.
A bronca desta quinta-feira será um ultimato. O Corinthians não aceitará novos deslizes, principalmente por temer que isso possa prejudicar o ambiente no clube às vésperas de estrear na Taça Libertadores – enfrenta o Deportivo Táchira, dia 15 de fevereiro, na Venezuela.
Movimento Fora Adriano - Corinthians (Foto: reprodução)Torcedores corintianos perderam a paciência com
o atacante Adriano(Foto: reprodução)
Apesar de toda a esperança em recuperar Adriano, a diretoria acredita que a renovação de contrato está complicada. Para piorar, no amistoso contra a Portuguesa, a torcida também deu o seu recado antes de a bola rolar. Irritada com a falta de comprometimento do atacante, avisou que a paciência acabou. Na internet, os corintianos criaram até um movimento "Fora Adriano".
O Imperador terá de reeditar as grandes atuações do passado e ficar longe de confusões se quiser continuar em São Paulo. Resta saber se ele quer.

Moriria Boa De Uma Chuteira.

Dez anos sem Vavá: memórias sobre um mito de façanhas e frustrações

Esta quinta-feira marca uma década do adeus ao bicampeão do mundo, um apaixonado por futebol que não realizou o sonho de treinar o Vasco

Dois cruzamentos de Garrincha pela direita, seguidos por dois toques certeiros, típicos de centroavante. Era 29 de junho de 1958 em Estocolmo. O Brasil, até aqueles dois encontros entre a bola e as chuteiras, não era um país campeão mundial de futebol. Ainda tinha a síndrome de vira-latas, na definição resistente por décadas de Nelson Rodrigues. Mas existiu Vavá. Os gols dele transformaram a derrota momentânea de 1 a 0 para a Suécia em vitória parcial por 2 a 1 – que depois viraria goleada final por 5 a 2. O Brasil foi campeão do mundo. E depois repetiria a façanha no Chile, novamente com Vavá, novamente com gol de um mito cuja morte completa dez anos nesta quinta-feira.
vava brasil x frança 1958 (Foto: Getty Images)Centroavante de força, Vavá fez nove gols em Copas, quase todos decisivos (Foto: Getty Images)
Vavá morreu em um sábado. Teve parada cardíaca. Contabilizava 67 anos de conquistas que estão tatuadas na pele do futebol brasileiro, de experiências mundo afora, mas também de dores, de decepções. Deixou esposa e quatro filhos. E se eternizou como um ícone raro na história da bola.
Foram nove gols em Mundiais. E quase todos fundamentais. Aos dois da final de 1958, ele somou outro na decisão de 1962, contra a Tchecoslováquia. Deixou mais três em semifinais: um nos 5 a 2 sobre a França, em 58, e outros dois nos 4 a 2 contra o Chile, quatro anos depois. Em tempos de Pelé e Garrincha, foi decisivo.
Mas também teve frustrações. A saúde ficou debilitada nos últimos anos de vida. E Vavá lidou com a decepção de não ter alcançado como treinador o mesmo sucesso que teve como jogador. Seu maior sonho era comandar o Vasco. Jamais aconteceu.
Passados dez anos de sua morte, Vavá é lembrado com carinho pelas pessoas próximas dele. A família do jogador, porém, amarga uma longa espera: pela aposentadoria aos campeões do mundo, prometida pelo governo federal.
Paixão pelo futebol, pelo Vasco e pela Seleção
vava brasil x inglaterra 1962 (Foto: Getty Images)Vavá contra a Inglaterra em 1962: gol dele e vitória
por 3 a 1 (Foto: Getty Images)
Vavá não teve o futebol apenas como profissão. Foi paixão. Até os últimos dias de vida, o “Peito de Aço” não tirava os olhos de uma bola. Nas caminhadas diárias, depois prejudicadas por um AVC (acidente vascular cerebral), se ele via a imagem de alguma partida em um televisor de bar, parava para ver. Gostava de falar sobre o esporte o tempo todo. E gostava de lembrar de tudo aquilo que experimentou. Com comoção.
- Futebol foi até a hora de ele morrer. Ele ficava nos bares vendo os jogos, tomando um vinho espanhol. Ele adorava. Só falava nisso. Também falava dos gols que tinha feito, de como era tratado, das concentrações, dos treinadores. Ele tinha muito orgulho de tudo que aconteceu. Lágrimas vinham nos olhos quando ele falava sobre as Copas. Ele jogou com o coração – recorda Miriam Malizia Izídio Neto, a viúva do ex-goleador.
Dos clubes que defendeu, foi o Vasco que mais mexeu com Vavá. Ele deixou Pernambuco no final dos anos 50, ainda adolescente, para tentar a sorte no Rio de Janeiro. Virou torcedor cruz-maltino. Ficou no clube até pouco depois da Copa de 1958. Foi tricampeão estadual.
Como jogador, Vavá também defendeu os pernambucanos América, Íbis e Sport, o Palmeiras, o Atlético de Madri e o Elche, da Espanha, o América e o Toros Naza, ambos do México, e o San Diego Toros, dos Estados Unidos, antes de encerrar a carreira na Portuguesa carioca. Também foi marcante no clube paulista, onde ganhou o Estadual de 1963. Criou carinho pela camisa alviverde – mas não com a mesma intensidade do Vasco.
O amor pelo clube de São Januário era dividido com forte reverência à Seleção Brasileira. Depois de encerrar a carreira de atleta, Vavá virou treinador. Foi auxiliar de Telê Santana. Comandou a equipe de juniores do Brasil no Mundial de 1981. Aquela equipe tinha Mauro Galvão, que resgata os recados dele.
- Ele nos passava a importância de ter postura de jogador de Seleção. Não era de ficar falando para nós sobre o que ganhou, mas falava da importância de defender a Seleção, de aproveitar essa oportunidade. Foi muito importante para mim – comentou o ex-zagueiro.
Não treinar o Vasco é a maior dor
pele vava 1958 (Foto: AFP)Vavá acompanhado de Pelé, em 1959 (Foto: AFP)
A experiência como treinador não foi tão produtiva quanto a de jogador para Vavá. E reservou ao bicampeão mundial sua maior decepção. Depois de comandar equipes fora do país, o que ele queria mesmo era treinar o Vasco. Mas jamais foi convidado. Lidou com a mágoa até o final da vida.
- Ele também teve muita decepção no futebol. O sonho dele era treinar o Vasco. O problema é que ele era muito orgulhoso. Você veja: no Cordoba, da Espanha, o presidente me disse que ele foi o melhor treinador que o clube já teve. Mas com o Vasco isso nunca aconteceu – lamentou Miriam, a viúva de Vavá.
Evaristo de Macedo, ex-craque de Real Madrid e Barcelona, ex-treinador, conviveu muito com Vavá. Foram amigos próximos. Ele viu o desenvolvimento da carreira do “Peito de Aço” primeiro como jogador e depois como treinador. E referenda o que diz a viúva do bicampeão. O comando do banco de reservas do Vasco foi uma lacuna que Vavá não preencheu.
- Nos últimos anos de vida, ele estava incomodado com isso. Não estava satisfeito, porque não teve uma grande oportunidade como treinador. Sentia falta disso. E como era vascaíno, muito vascaíno, o sonho dele era esse. Queria treinar o Vasco. Foi criado lá dentro – observou Evaristo.
Como jogador, Vavá foi um atacante oportunista, um atleta de entrega absoluta – para compensar o fato de não ter o brilho técnico de outros craques da época. Ele chegou a jogar com o pé quebrado. Mais de uma vez, deixou o gramado com as chuteiras rasgadas. Como treinador, foi um profissional responsável, trabalhador, mas distante dos comandados.
Camisa de 58 é leiloada, e família espera aposentadoria
Viúva de Vavá, Miriam  (Foto: Alexandre Alliatti / Globoesporte.com)Miriam com camisa usada por Vavá nos tempos de
Vasco (Foto: Alexandre Alliatti / Globoesporte.com)
Depois da morte de Vavá, a família descobriu que havia dívidas a serem quitadas. Ele tinha alugado imóveis a locatários que não se preocuparam com pagamentos de taxas – especialmente IPTU. No desespero, o jeito foi vender a camisa usada pelo centroavante na Copa de 1958. A peça foi oferecida primeiro à CBF, mas acabou leiloada em Londres. E quem comprou foi justamente a entidade que comanda o futebol brasileiro, representada na capital inglesa pelo técnico Carlos Alberto Parreira.
A CBF investiu R$ 80 mil na compra da camiseta. Retiradas taxas e impostos, a família recebeu pouco mais de R$ 40 mil. E ficou na bronca com a situação.
- Ela era valiosa. Foi leiloada, e eu ganhei um dinheiro. O Ricardo Teixeira mandou o Parreira fazer o lance. Eu fiquei com raiva. Disse que era uma covardia. Se a CBF tivesse comprado de mim, eu ganharia mais – afirmou Miriam.
A família aguarda a aprovação da aposentadoria aos atletas (ou parentes deles) campeões mundiais. Seria um alívio financeiro: R$ 100 mil mais um valor mensal, que pode chegar a R$ 3,4 mil.
No caso de Vavá, a viúva não passa por dificuldades. Mora em um apartamento bom, mas sem luxos. Vive do dinheiro recebido do aluguel dos imóveis comprados pelo ex-jogador. Com ele, banca um plano de saúde caro – o que permitiu a recente cura de um câncer. Miriam diz que a aposentadoria serviria como segurança. Ela tem 70 anos.
Relíquias
Chuteiras usadas por Vavá na Copa de 1958 (Foto: Alexandre Alliatti / Globoesporte.com)As chuteiras de 1958: fundamentais para o futebol brasileiro (Foto: Alexandre Alliatti / Globoesporte.com)
Se a camisa de 58 foi leiloada, restam outras relíquias em posse da família. Entre elas, está o par de peças que determinou um novo rumo para o futebol brasileiro. As chuteiras que viraram a final contra a Suécia repousam na casa de Miriam. Mais de 50 anos depois de marcarem os dois gols em Estocolmo, seguem com marcas do barro que pisotearam para transformar o Brasil em campeão mundial.
A família ainda guarda com carinho uma camisa do Vasco, número 9, dos anos 50, e uma do Palmeiras, número 8, dos anos 60. Elas também têm manchas. Afinal, pertenceram a um jogador que não se contentava em atuar de pé.
- O Vavá suava a camisa. Ele rasgava a camisa. Ele rasgava a chuteira. Ele jogava por amor – lembrou Miriam, com a convicção tirada de mais de 40 anos de casamento e com as lembranças alimentadas pelos dez anos de ausência do bicampeão mundial.

A deus Austrália..

Bellucci sai na frente, mas não passa por Monfils e dá adeus na Austrália

Número 1 do Brasil está há seis meses sem ganhar duas partidas seguidas

Por GLOBOESPORTE.COMMelbourne, Austrália
Por um set, Thomaz Bellucci foi mais agressivo e preciso do que Gael Monfils. Depois disso, o francês, número 15 do mundo, elevou seu jogo, aplicou um pneu e não perdeu mais o controle da partida. Por 2/6, 6/0, 6/4 e 6/2, Monfils eliminou o brasileiro do Australian Open e avançou à terceira rodada do torneio.
Thomaz Bellucci tênis Australian Open 2r (Foto: Agência Getty Images)Thomaz Bellucci cometeu 53 erros não forçados na partida desta quinta (Foto: Agência Getty Images)
Com a derrota, Bellucci repete as campanhas de 2010 e 2011 em Melbourne. Em ambas, foi eliminado na segunda fase. O paulista de 24 anos, aliás, jamais alcançou a terceira rodada do torneio australiano. O revés desta quinta também significa a manutenção de um tabu desagradável: Bellucci não vence dois jogos seguidos desde junho do ano passado.
Monfils avança para encarar o cazaque Mikhail Kukushkin (92 do mundo), que surpreendeu ao eliminar o cabeça de chave 19 do torneio, Viktor Troicki (23) por 5/7, 6/4, 6/2, 4/6 e 6/3.
O jogo desta quinta começou com um susto para o brasileiro, que teve de salvar um break point já no primeiro game. Bellucci escapou da quebra e manteve o jogo equilibrado até o quarto game, quando Monfils deu os primeiros sinais de instabilidade e perdeu o saque com dois erros não forçados em sequência. Com a vantagem, o brasileiro, que tinha bom aproveitamento de saque, passou a ter ainda mais facilidade para confirmar. Enquanto isso, Monfils seguia errando. No oitavo game, o francês foi displicente, indo à rede quatro vezes e perdendo todos os pontos. A segunda quebra deu o set ao brasileiro por 6/2.
O número 15 do mundo, contudo, não demoraria muito para entrar no jogo. Logo no primeiro game do segundo set, Bellucci errou um smash quando enfrentava um break point e perdeu o serviço. Monfils ganhou confiança, passou a errar menos e disparou no placar. O francês ganhou todos os pontos importantes da parcial. Salvou break points no quarto e no sexto games, e quebrou Bellucci no terceiro e no quinto. O resultado foi um "pneu" no placar.
O terceiro set começou com Bellucci e Monfils trocando quebras no terceiro e no quarto games, mas os dois tenistas já não viviam os momentos instáveis das parciais anteriores. O set seguiu parelho até que o brasileiro cometeu três erros não forçados em sequência e perdeu o saque. Monfils não bobeou. Aproveitou a dianteira e manteve o serviço até fechar em 6/4.
O começo do quarto set não foi nada bom para o número 1 do Brasil. Bellucci cometeu três erros não forçados e, depois de salvar dois break points, deu uma curtinha ruim. Monfils aproveitou, matou o ponto e tomou a dianteira. O paulista ainda salvou vários break points no terceiro game para se manter no set, mas o quinto game foi um tiro na cabeça. Depois de abrir 40/0, Bellucci errou um smash fácil - Monfils tinha desistido do ponto. O brasileiro seguiu cometendo erros bobos e perdeu cinco pontos seguidos, cedendo a quebra. O francês abriu 4/1 e, na prática, o jogo acabou ali.

Volei

Jackie Silva é a nova integrante da comissão técnica do vôlei de praia

Ao lado de Jorge Barros e Marco Antônio Albuquerque, campeã olímpica em Atlanta-96 irá preparar duplas brasileiras para os Mundiais Sub-19 e Sub-21

Por GLOBOESPORTE.COMRio de Janeiro
Vôlei de praia jaqueline Jorge Barros Marco Antonio Albuquerque comissão técnica da base (Foto: Divulgação / CBV)Marcão (à esq.), Jackie e Jorjão formarão a nova
comissão técnica da praia (Foto: Divulgação / CBV)
Uma das maiores jogadoras de vôlei de praia de todos os tempos, Jacqueline Silva se prepara para voltar a representar o Brasil. Desta vez, porém, sem uniforme. Primeira campeã olímpica da modalidade ao lado de Sandra Pires, a ex-jogadora fará parte da comissão técnica das seleções brasileiras femininas Sub-19 e Sub-21 de vôlei de praia. No masculino, Marcos Albuquerque, o Marcão, segue no comando. A dupla será supervisionada pelo ex-treinador da seleção brasileira feminina de vôlei de quadra, Jorge Barros, o Jorjão.
Depois de defender o país no vôlei de quadra nos Jogos Olímpicos de Moscou-1980 e Los Angeles-1984, a ex-levantadora virou referência na praia e brilhou por mais de uma década nas areias ao redor do mundo. Animada com o novo desafio, Jacqueline se considera pronta para trabalhar no desenvolvimento de novos valores do esporte.
- Mesmo durante minha época de atleta eu já fazia, de certa forma, o trabalho de uma técnica. Sempre joguei com parceiras mais jovens e procurava ajudar no desenvolvimento delas, passando a minha experiência. Foi assim com a Sandra, com a Talita, com a Maria Clara e com a Juliana, por exemplo. Estou muito feliz por fazer parte deste projeto da CBV, que se propõe a dar suporte ao atleta no momento em que ele precisa, que é quando está começando e ainda não atingiu a estabilidade na carreira - afirmou a ex-jogadora.
A primeira tarefa de Jacqueline à frente da nova comissão técnica será escolher os atletas que representarão o país, em maio, nos Campeonatos Mundiais das categorias. As observações começarão nas etapas do Circuito Brasileiro Sub-19 e do Circuito Sub-21. A primeira parada será em João Pessoa (PB), cidade que receberá a primeira etapa do Circuito Brasileiro Sub-19, neste final de semana.
Superintendente de vôlei de praia da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), Tadeu Saad acredita que a experiência da comissão técnica garantirá aos atletas uma ótima preparação para os Mundiais de base.
- O Campeonato Mundial Sub-19 acontecerá em julho, no Chipre, e, o Sub-21, em agosto, no Canadá. As equipes escolhidas serão treinadas pela comissão técnica para chegarem às competições internacionais mais bem preparadas - explicou Tadeu.
Um dos profissionais mais experientes e respeitados do vôlei brasileiro, com passagem pela seleção brasileira feminina de vôlei e responsável por antigas duplas de sucesso na praia, o supervisor Jorjão lembra que o principal objetivo do trabalho é preparar os atletas para os Jogos Olímpicos de 2016.
- O vôlei de praia brasileiro tem inúmeros talentos, espalhados por todo o país. Vamos acompanhar de perto as competições de base permanentemente, detectar os atletas que se encaixam no perfil adequado e trabalhar o desenvolvimento deles visando 2016 - disse Jorjão.

Marcelinho Paraiba estrupo ou não...

Marcelinho Paraíba é indiciado pelo crime de estupro em Campina

Delegada da Mulher enviou o caso à Justiça; indiciamento tem como
base o laudo emitido pelo Núcleo de Medicina e Odontologia Legal

Por Josusmar BarbosaCampina Grande
Marcelinho Paraíba preso  (Foto: Futura Press)Marcelinho Paraíba chegou a ser preso durante
12 horas (Foto: Futura Press)
A delegada da Mulher, Herta de França, concluiu o inquérito e o enviou à Justiça, indiciando o jogador do Sport Clube do Recife, Marcelinho Paraíba, por crime de estupro contra a advogada Rosália Zabatos de Abreu. O indiciamento tem como base o laudo emitido pelo Núcleo de Medicina e Odontologia Legal (Numol) de Campina Grande, atestando as agressões sofridas pela vítima, como também nos depoimentos e provas técnicas.
De acordo com o exame, foram constatados hematomas no couro cabeludo, no pescoço e um corte na cavidade interna da boca (lábios). O atleta é acusado de agarrar e beijar a advogada de forma forçada.
O fato ocorreu durante uma festa realizada na granja do jogador no dia 30 de novembro do ano passado. Se for condenado pela Justiça, Marcelinho pode pegar uma pena que varia de oito a 12 anos de prisão. O advogado Afonso Vilar acredita que o jogador será inocentado pela Justiça.
- A intimação de Marcelinho Paraíba não é surpresa para mim, porque o inquérito tende a seguir o que diz o flagrante. Mas isto não quer dizer que ele será condenado - declarou Vilar.
Outro processo
Marcelinho foi intimado para depor, na próxima segunda-feira (23), como testemunha no processo que investiga se o delegado Rodrigo Pinheiro efetuou disparos de arma de fogo no evento que aconteceu no sítio do jogador, em novembro passado.
Rodrigo Pinheiro, que é delegado e irmão da vítima no processo de estupro, foi afastado de suas atividades na 5ª Delegacia Distrital de Campina Grande depois de ter sido acusado pelo jogador de ter voltado à festa com a Polícia Militar e ter efetuado disparos, após ter tirado a irmã do local. Pinheiro ainda discutiu com alguns jornalistas que faziam a cobertura da prisão de Marcelinho.
Marcelinho Paraíba sendo transferido para Penitenciária (Foto: Chico Martins / Futura Press / Ag. Estado)Marcelinho Paraíba sendo transferido para Penitenciária na época da confusão
(Foto: Chico Martins / Futura Press / Ag. Estado)

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Corinthians Comesa O ano Ruim Com Embate E Derota

Campeã das campeãs: no jogo das faixas, Lusa bate Timão no Pacaembu

Após empate por 0 a 0 entre os titulares, Portuguesa faz 1 a 0 no segundo tempo e vence amistoso entre os melhores das Série A e B do Brasileirão

Por Carlos Augusto FerrariSão Paulo
Depois da grande campanha na Série B, a Portuguesa começa 2012 mostrando que a boa fase do ano passado não acabou. No jogo da entrega das faixas aos campeões das duas principais divisões do Campeonato Brasileiro, a Lusa venceu o Corinthians por 1 a 0, nesta quarta-feira, no Pacaembu, no último jogo antes do início do Paulistão.

No primeiro tempo, com os jogadores considerados titulares em campo, as equipes empataram por 0 a 0. Já na etapa final, com 11 alterações de cada lado, o clube do Canindé levou a melhor. Rafael Oliveira marcou aproveitando falha de marcação da defesa adversária.
Esta é a segunda vez que os reservas do Corinthians deixam o rendimento da equipe cair em comparação com os titulares. No último domingo, depois de os principais jogadores abrirem 2 a 0 sobre o Flamengo, em Londrina, os suplentes permitaram o empate por 2 a 2.
Antes da partida, o Corinthians prestou uma outra homenagem a Sócrates, que faleceu no dia 4 de dezembro, vítima de um choque séptico. Nas arquibancadas, o tributo se confundiu que a irritação da torcida alvinegra. Boa parte dos torcedores presentes pediram a saída do atacante Adriano, envolvido em mais uma polêmica após faltar ao treino de terça-feira.
Timão e Lusa estreiam no Campeonato Paulista, sábado, às 17h. O Alvinegro recebe o Mirassol, no Pacaembu, enquanto a Rubro-Verde pega o Paulista, no Canindé.

Danilo e Luis Ricardo, Corinthians x Portuguesa (Foto: Marcos Ribolli/Globoesporte.com)Danilo e Luis Ricardo, em lance de disputa de bola (Foto: Marcos Ribolli/Globoesporte.com)
Lusa joga melhor no primeiro tempo
O Corinthians encontrou pela frente um adversário bem mais interessado que o Flamengo, rival do último domingo. Apesar do clima de festa e da chuva que caiu sobre São Paulo durante todo o dia, a Portuguesa encarou o amistoso com seriedade e deu trabalho. O Timão, agora testando três atacantes em vez do esquema com dois meias, mostrou deficiências nessa nova formação.
Emerson foi quem mais apareceu, aberto pelo lado esquerdo. Sheik brigou, cometeu faltas até violentas, mas chamou o jogo. Foram dois perigosos chutes de longa distância. O estreante Elton, mesmo com dificuldades entre os zagueiros, mostrou que pode ser útil ao fazer o pivô. Em um deles, Danilo quase marcou de cabeça.
Com apenas um meia, o Timão deu espaços para a Portuguesa abusar dos contra-ataques. A defesa também assustou com seguidas falhas de posicionamento. Por três vezes a Lusa perdeu grandes chances ao ficar cara a cara com Julio Cesar. Na segunda, o clube do Canindé reclamou de pênalti quando o goleiro derrubou Rodriguinho bem perto da área – o árbitro deu apenas falta.
rafael oliveira portuguesa x corinthians (Foto: Marcos Ribolli/GLOBOESPORTE.COM)Rafael Oliveira fez o gol da vitória da Portuguesa
(Foto: Marcos Ribolli/GLOBOESPORTE.COM)
No segundo tempo, os treinadores colocaram em campo todos os reservas. O Corinthians continuou com mais iniciativa, mas foi a Portuguesa quem voltou a desperdiçar mais uma grande oportunidade. Em corte mal feito após cobrança de escanteio, o zagueiro Gustavo desviou no susto rente à trave.
As falhas da defesa do Corinthians no primeiro tempo continuaram no segundo. Desta vez, sem a salvação de Julio Cesar. Aos 29, Bruninho fez boa jogada pela direita e cruzou rasteiro. A bola passou por toda a área e sobrou para Rafael Oliveira desviar e colocar a Portuguesa em vantagem.
O Timão tentou responder imediatamente. Dois minutos depois Vitor Júnior acertou o travessão com um lindo chute de fora da área. A pressão continuou. Ramírez, aos 36, recebeu livre na área, mas errou o chute e Calaça defendeu com facilidade.
CORINTHIANS 0 X 1 PORTUGUESA
Julio Cesar (Danilo Fernandes), Alessandro (Weldinho), Paulo André (Chicão), Leandro Castán (Wallace) e Fábio Santos (Ramon); Ralf (Edenílson), Paulinho (Ramírez) e Danilo (Vitor Júnior); Willian (Gilsinho), Elton (Bill) e Emerson (Joge Henrique). Weverton (Rodrigo Calaça), Luis Ricardo (Ivan), Renato (Diego), Leandro Silva (Gustavo) e Marcelo Cordeiro (Raí); Léo Silva (Rogério), Boquita (Bruninho), Henrique (Maylson) e Edno (Jean Motta); Vandinho (Wilson Júnior) e Rodriguinho (Rafael Oliveira) (Fabrício).
Técnico: Tite. Técnico: Jorginho.
Gols: Rafael Oliveira, aos 29 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Julio Cesar, Ramon (Corinthians); Rogério (Portuguesa)
Local: Pacaembu, em São Paulo. Árbitro: Marcelo Rogério. Público: 9.870 pagantes. Renda: R$ 266.220,00.